Em entrevista à Pajeú, Adelmo Moura disse estar tranquilo e que denúncia é política
Por André Luis
Nesta terça-feira (16), o prefeito de Itapetim Adelmo Moura, falou pela primeira vez ao programa Manhã Total da Rádio Pajeú, sobre a Operação Couraça, da PF e CGU, que apurava a construção de escolas e postos de saúde de má qualidade, tendo apenas um mestre de obras como responsável. Onde prefeitos e ex-prefeitos de Itapetim e Brejinho foram apontados como suspeitos de participação no esquema.
Sobre a operação, Adelmo disse que a Polícia Federal, com base em uma denúncia do vereador da oposição da gestão passada, disse que as escolas que estavam sendo construídas de má qualidade e estava havendo desvio.
“Teve buscas na prefeitura, na minha casa, na de Arquimedes e em outras casas de servidores aqui. Na minha casa, o vereador disse que encontrariam uma enorme quantidade de dinheiro. A PF não encontrou um centavo, encontrou uma casa simples, normal, como de qualquer trabalhador”. Adelmo também falou que foi pedido condução e prisão deles e que foi negado.
Adelmo disse ainda que as escolas foram todas inauguradas assim como as UBSs e que eram todas de boa qualidade, disse também que estavam a disposição da Polícia Federal e da CGU. “As obras são de boa qualidade, estão servindo à população. Todas em pleno funcionamento. Essa foi uma operação baseada em uma denúncia política. E adversário sempre acrescenta as coisas”, disse.
Adelmo disse que foi ouvido em sua casa e que prestou os esclarecimentos necessários, “respondi tudo à Delegada da PF. Está em fase de inquérito. Eles vão julgar se deve ou não mandar para Justiça Federal. Eles vão apresentar a acusação e nós a defesa. Não houve desvio, nem conluio, como que estão argumentando”, disse Adelmo que também informou que ontem, uma boa parte das pessoas cidadãs foram ouvidas pela PF e que todas as licitações obedeceram as leis.
Questionado sobre a fala do superintendente da CGU em Pernambuco, Fábio Araújo, de que “as licitações ganhas por essas empresas têm um relacionamento muito próximo com os gestores, e tinham facilidade para ganhar as licitações. Não é fácil fazer o cálculo de quanto foi desviado, é preciso ver que material foi usado, quem foi contratado, entre outros. Mas, em média, pelo que geralmente acontece, de 30% a 40% desse valor é desviado”. Adelmo disse estar tranquilo e que todo o processo foi feito normalmente.
Sobre a repercussão da operação em Itapetim, Adelmo disse que a população já é acostumada com isso. “Tem um vereador quer fez a política a vida toda com base em denúncias, na CGU, TCE, mas nunca teve sucesso em nenhuma eleição. A população sabe do meu compromisso e retidão com o dinheiro público”, finalizou.
Ouça abaixo na íntegra como foi a entrevista de Adelmo Moura ao jornalista Nill Júnior: