Operação desarticula quadrilha voltada a roubo de cargas em PE
Ao todo, são cumpridos 21 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Outra operação mira outra quadrilha envolvida em tráfico de drogas.
Da Folha PE
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta terça-feira (22), uma operação de repressão qualificada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para a prática de roubo de carga no Estado. Ao todo, são cumpridos 21 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão na Operação Barra Azul, presidida pela delegada da Delegacia Seccional de Caruaru, Polyanne Farias.
A organização também era voltada aos crimes de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Os trabalhos investigativos começaram em agosto de 2017 e os mandados são cumpridos nas cidades de Recife, Bezerros, São Caetano e Gravatá. Segundo o gerente operacional da Diretoria Integrada Especializada (Diresp), o delegado Nelson Souto, motoristas forneciam informações aos integrantes da quadrilha.
“Esses motoristas davam informações privilegiadas aos criminosos. Além disso, cinco presos mantinham contato de dentro do sistema penitenciário”, detalhou Souto. As atuações aconteciam nos municípios de Recife, Gravatá, São Caetano, Bezerros. “Não havia uma escolha específica, era carga generalizada de diversos produtos”, completou.
“Acreditamos que com a desarticulação haverá uma redução nos casos de cargas roubadas e homicídios”, afirmou o chefe da Polícia Civil, o delegado Joselito Kerhle. “Já foram mapeados e responsabilizados integrantes por dez homicídios e, durante as investigações, sete homicídios foram evitados”, finalizou.
Operação Fidúcia
Uma outra operação, nomeada “Fidúcia”, que faz referência ao modo ousado como alguns integrantes da associação criminosa atuavam, cumpre 13 de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão domiciliar em Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul, na Operação Fidúcia.
A quadrilha também é voltada para os crimes de associação criminosa, roubo majorado (quando há uso de violência), furto qualificado, apropriação indébita qualificada e comunicação falsa de crime. As investigações tiveram início em outubro de 2017 e foram presididas pelo titular da Delegacia de Polícia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DPRFC), o delegado Edmilson Batista.