Afogados: líderes sindicais acreditam que “Greve Geral” deve ter boa adesão

Por André Luis

Quase 100 anos após a primeira greve geral da história do Brasil, ocorrida em julho de 1917, nesta sexta-feira (28), milhares de pessoas ameaçam cruzar os braços em todo o país, ao pacote de medidas propostas pelo governo de Michel Temer. Em especial a reforma trabalhista e a reforma da previdência.

Dezenas de categorias profissionais aderiram à paralisação em vários Estados do Brasil e atividades de transporte, educação, aeroportos e comércio, devem ser afetadas. Embora a adesão dê sinais de ter crescido nos últimos dias, só será possível medir a amplitude do movimento amanhã.

Em Afogados da Ingazeira um dos pontos que haverá protestos no Pajeú, a concentração acontecerá às 07h30 da manhã em frente ao Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Afogados da Ingazeira. De lá, com faixas, cartazes e palavras de ordem, manifestantes seguirão pelas ruas da cidade. Segundo João Alves de Lima, Presidente do STR de Afogados da Ingazeira, é aguardado um bom público na manifestação, com pessoas que virão inclusive de outras cidades.

O movimento conta ainda com apoio da Diocese de Afogados da Ingazeira. O bispo diocesano, Dom Egídio Bisol, lançou um áudio no qual convida as comunidades católicas da diocese para participarem da greve geral.

Dom Egídio diz que o momento é importante para “dizermos juntos de forma pacífica, mas firme o que queremos e o que não queremos” e faz o convite: “a mobilização da próxima sexta, para a qual convido todas as nossas comunidades, poderá ser um passo importante na construção de consciência política e de uma democracia cada vez mais participativa em nosso Brasil”.

Dom Egídio diz ainda que espera que o grito do “povo sereno e forte possa chegar aos centros do poder e provocar reflexão e mudança” e finaliza pedindo a benção de Deus e de Nossa Senhora Aparecida.

Outro membro da Diocese, o padre Luiz Marques Ferreira, também ratificou o seu apoio ao movimento quando esteve na manhã desta quinta-feira (27) nos estúdios da Pajeú, acompanhado de Jair Almeida, os dois são membros do grupo Fé e Política Dom Francisco.

Mais tarde no Debate das Dez da Pajeú, Adelmo Santos e Leila Albuquerque, representantes das redes estadual e municipal de ensino, de onde deve vir a maior adesão de participantes, Maria Auxiliadora do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindracs), Jailma Alcântara (CDL), José Barbosa do Sindicato Intermunicipal de Servidores Municipais (Sismap) e João Alves de Lima, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Afogados da Ingazeira (STR), falaram sobre as perspectivas para o movimento de amanhã na cidade. Todos acreditam que paralisação deve contar com bom números de adesões.

Visto que a proposta da reforma trabalhista, aprovada ontem por 296 votos a favor (eram necessários pelo menos 257) e 177 contrários, os protestos de amanhã deve ser voltado para combater a aprovação da reforma da Previdência. Mas o professor Adelmo Santos acredita que com a pressão popular de amanhã, pode ser que o Senado recue da votação, o que seria segundo ele uma vitória dos trabalhadores brasileiros.

Ouça na abaixo na íntegra como foi o debate de hoje:

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