Ambulantes realizam protesto durante ato da PCR e Geraldo Julio passa por “saia justa”

Trabalhadores reivindicaram contra a retirada deles do Morro da Conceição

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, enfrentou uma “saia justa” nesta sexta-feira (6), no Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife. Durante a assinatura da ordem de serviço para a construção de uma nova sede para a Escola Municipal Córrego do Euclides, cerca de 20 ambulantes do Morro da Conceição invadiram o local e realizaram um protesto.

Uma ambulante subiu no palco e mostrou insatisfação. “A gente não vende pedra, não vende maconha, a gente quer trabalhar. Tem pai de família. Eu votei no senhor com fé”, gritou a mulher. Os trabalhadores reivindicam contra a retirada deles do Morro, no período da festa de Nossa Senhora da Conceição. Segundo os ambulantes, eles foram retirados do local desde o dia 20 de novembro.

Este ano, o número de ambulantes e espaços disponibilizados para brinquedos foi reduzido. Segundo a Prefeitura do Recife, a intenção é acabar com a bagunça. A Prefeitura também informou que muitos comerciantes saem de outros estados para venderem aqui e, por conta disso, acaba desorganizando o trânsito e ocupando as calçadas.

O guarda municipal Wellington Honório disse que todos os ambulantes que protestaram nesta sexta são do Recife. “Esses comerciantes são daqui mesmo. O problema é que o padre quer proibir o povo de vender”, revelou.

O secretário de Governo, Sileno Guedes, conseguiu dispersar o protesto retirando os ambulantes para conversar próximo ao local. O prefeito assinou a ordem de serviço e conseguiu sair sem passar por uma nova “saia justa”. Guedes definiu uma reunião para esta tarde com os ambulantes e a Diretoria de Controle Urbano (Dircon).

Esta não é a primeira vez que o prefeito é alvo dos manifestantes. Na última quarta-feira (5), Geraldo desviou o caminho e, em seguida, cancelou a assinatura da ordem de serviço para o início do programa Cidade Saneada. Tudo porque os moradores da Comunidade Irmã Dorothy, na Imbiribeira, realizaram um protesto no local. Os moradores denunciavam a reintegração de posse do terreno invadido há dez anos pela comunidade, onde atualmente moram cerca de mil famílias.

Da Folha PE

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