Carlinhos Cachoeira é preso em operação contra lavagem de dinheiro

Empresário foi detido no condomínio de luxo em que mora em Goiânia.
Também há mandados de prisão contra Fernando Cavendish e Adir Assad.

Do G1

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na manhã desta quinta-feira (30), no condomínio de luxo em que mora, em Goiânia. Ele é um dos alvos da Operação Saqueador, que visa prender pessoas envolvidas em uma esquema de lavagem de R$ 370 milhões.

Também há mandados de prisão contra Adir Assad e Fernando Cavendish, que é dono da empresa Delta Construções.

Por volta das 7h, a PF esteve na casa de Fernando Cavendish, mas os agentes descobriram que empresário está no exterior. A casa de Cavendish fica na Rua Delfim Moreira, um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro. Os policiais chegaram ao local por volta das 6h25.

Além de Goiás e Rio de Janeiro, a operação é realizada em São Paulo. Segundo o Ministério Público Federal, dentre os denunciados estão executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas, criadas por Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud.

O MPF descobriu que, entre 2007 e 2012, quase 100% do faturamento da Delta veio de contratos públicos. Segundo a investigação, os operadores criaram 18 empresas de fachada para lavar o dinheiro público em contratos fictícios e sacavam o dinheiro em espécie para o pagamento de propina a agentes públicos. O MPF rastreou os pagamentos feitos pela Delta para as empresas de fachada. Os procuradores afirmam que houve um aumentos considerável de transferências em anos de eleições.

Carlinhos Cachoeira – Acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, Cachoeira já havia sido preso em fevereiro de 2012, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal. Ele ganhou liberdade em 11 de dezembro do mesmo ano.

Desde então, Cachoeira já foi condenado por diversos crimes. A última condenação foi no dia 23 de setembro, pelo crime de violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão.

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