Com grande Romaria, diocese de Afogados da Ingazeira encerra o Ano da Misericórdia, as Santas Missões Populares e a visita da Imagem Peregrina

Com uma grande Romaria Diocesana que aconteceu na manhã desta quarta (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida, a diocese de Afogados da Ingazeira concluiu três momentos significativos que marcaram este ano: o Jubileu da Misericórdia, as Santas Missões Populares e a visita da Imagem Peregrina da Mãe Aparecida.

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Procissão com a Imagem seguiu da Paróquia de São Francisco para a Catedral

A concentração aconteceu desde as cinco da manhã na Paróquia de São Francisco de Assis, em Afogados da Ingazeira, em que a todo momento chegavam as caravanas das diversas paróquias de diocese e logo em seguida, todos saíram em procissão com a Imagem Peregrina até a Catedral onde aconteceu a Concelebração Eucarística presidida pelo bispo, dom Egidio Bisol, e que contou com a participação de quase todo o clero da diocese. Durante a Celebração, foram instituídos ao Ministério de Leitor, cinco candidatos ao Diaconato Permanente da diocese.

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Dom Egidio durante a homilia

Durante a homilia, dom Egidio citou o que disse o papa Francisco ao proclamar o Jubileu: “Este ano santo poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática. Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual. Quantas feridas na carne de muitos que já não tem voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos”. Um compromisso que, nas palavras do papa, deve continuar: “Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus!”. A capacidade de debruçar-se sobre o sofrimento dos mais pobres: Eis o compromisso que identifica o discípulo de Jesus.

Ainda durante a homilia, o bispo disse que a Imagem Peregrina visitou nossas comunidades ao longo de seis meses. “Com certeza ela viu nosso rosto mais bonito, nossas flores mais cheirosas, nossos acertos e vitórias, nossos compromissos… Mas com certeza, como aconteceu em Caná, não escapou ao seu olhar de Mãe a outra face: nossas fragilidades, nossas covardias, nossas divisões, nossas incoerências… Diante das dificuldades ela nos aponta uma saída, a mesma que ela deu aos empregados, como ouvimos no evangelho – Façam tudo o que Ele mandar -. Na oração que fizemos no início da missa pedimos que pela sua intercessão o povo brasileiro possa viver na paz e na justiça”, disse dom Egidio.

O bispo ainda falou que a justiça é em primeiro lugar, cuidado com a vida, em todas as suas manifestações, começando com a vida dos mais pobres e citou um trecho de Rubens Ricúpero que diz: “Qualquer sociedade será julgada pela maneira como trata os mais pobres, os mais frágeis, os mais vulneráveis. Esse é o sentido principal da ação política”. O bispo fez um comentário a respeito desse trecho. “Mas não parece esta a principal preocupação de muitos, menos ainda da maioria dos servidores do povo no Congresso Nacional. Nestes dias estão decidindo sobre limites nos gastos para saúde, educação… em nome da “salvação” da economia. Os mesmos não tiveram igual cuidado quando trataram, poucos meses atrás, de aumentar seus próprios salários. Não tem dinheiro para as necessidades básica dos mais pobres, mas parece que se encontra dinheiro para outras finalidades… Prática, aliás, rapidamente copiada também em outras instâncias… Sim, todo mundo entende que a economia precisa ser recuperada urgentemente, mas não podemos aceitar que isso seja feito à custa dos pobres”, disse.

Concluindo, dom Egidio criticou a participação de pessoas da comunidade durante as eleições e fez um alerta sobre a política partidária. “Estamos saindo de uma campanha política que viu, em muitos lugares também no Pajeú, uma disputa acirrada entre grupos adversários, onde tudo parecia justificado até mentiras, calúnias, difamações, insultos, agressões… Pior… pessoas participando ativamente de nossas comunidades, entrando nessa sujeira sem problema, como se a fé, a caridade, a verdade e o bom senso, tivessem sido trancadas dentro do templo e na rua vigorasse. A política partidária é uma necessidade e uma obrigação, mas não merece que para ela sejam sacrificadas a honestidade, a verdade, a coerência, a paz”, afirmou.

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