“Compulsão por reformas impede reflexão mais profunda, e isto Congresso não pode permitir”, afirma Tadeu Alencar 

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) participou ao longo desta segunda-feira (10), no Recife, de debates públicos sobre duas reformas que estão na ordem do dia no Congresso Nacional: a trabalhista e a da previdência social. Nos encontros, Tadeu alertou que a atual “compulsão por reformas” tem impedido uma discussão profunda sobre questões que afetarão fortemente a vida dos brasileiros.

“Há pouco tivemos uma discussão sobre teto de gastos e agora estamos debatendo, ao mesmo tempo, terceirização, reforma trabalhista, reforma da previdência, reforma tributária e reforma política, temas que são da maior relevância e com consequências muito graves para a vida nacional. É, portanto, função do Congresso exercer a sua prerrogativa de discutir estes temas amplamente, evitando avaliações aligeiradas e superficiais”, defendeu o deputado.

Em audiência pública promovida pelas associações de Magistrados do Trabalho (Amatra VI) e a Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANTP), Tadeu disse que a Reforma Trabalhista não deve ser feita apenas na perspectiva do mercado, da necessidade de fortalecer a economia, mas também da proteção de direitos consagrados dos trabalhadores. “Já em 2015 tínhamos nos colocado contrários ao projeto de terceirização, exatamente por enxergar os riscos de precarização nas relações de trabalho que já não são exemplares no Brasil. Agora, surge uma proposta ainda pior”, afirmou durante o evento.

À noite, ao falar para estudantes da Faculdade de Direito do Recife, Tadeu detalhou todos os pontos que o levam a se colocar firmemente contra a atual proposta de Reforma da Previdência (PEC 287) e defendeu que se faça também um debate em profundidade sobre os grandes devedores da previdência social.

“Como o País coloca em discussão uma reforma que pretende tributar o trabalhador rural, que prevê 49 anos de contribuição para que se possa receber uma aposentadoria integral, e não há uma palavra sobre os maiores devedores da Previdência?”, indagou Tadeu, reforçando ser fundamental que não se abra mão da recuperação de parte da dívida ativa da previdência social, hoje de mais de R$ 400 bilhões.

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