Conheça Gunther Schweitzer, o homem que supostamente ‘denunciou’ a venda da Copa 2014

“Copa 2014 – Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava! Talvez, isso explique a razão de o jogador Paulinho ter declarado a seguinte frase: ‘Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas (…)'”.

Se você gosta de futebol e entra regularmente na internet já leu pelo menos uma vez esse início do texto atribuído ao “jornalista” Gunther Schweitzer – em 2014, ele é apontado como diretor da ESPN. Outras versões, em diferentes anos, denunciaram vendas das Copas do Mundo de 1998, 2002, 2006, 2010 e até da Libertadores 2012 e dos Mundiais 2010 e 2012, vencidos pelo Corinthians.

A diferença de um e-mail para o outro era a mudança dos nomes de jogadores e times protagonistas, além das circunstâncias e anos adaptadas. Pois a única coisa que se mantinha sempre era a assinatura do “jornalista” Gunther Schweitzer. Mas quem é o suposto homem que “revelou” todas essas “mazelas” para o planeta?

Gunther Schweitzer não é o autor

Primeiramente, para deixar bem claro àqueles que ainda insistem em compartilhar os textos, vamos lá: o verdadeiro Gunther Schweitzer jamais denunciou coisa alguma sobre qualquer Copa do Mundo que seja ou Mundial de Clubes nenhum. Ele sequer é chegado em futebol, nunca cursou jornalismo na vida e muito menos trabalhou nos Canais ESPN. Nem na Rede Globo, conforme versões anteriores do “escândalo” apontavam.

“Não sou o autor de nenhum desses e-mails. Eles foram parar no meu nome por um lapso meu. Quando eu trabalhava na antiga Volkswagen Caminhões, em Resende, recebi um e-mail sobre a Copa de 98. Aí fui repassar aos meus amigos, e tive a infelicidade de trabalhar com o outlook com a minha assinatura e acabou indo com o meu nome quando repassei”, afirmou o próprio Gunther Schweitzer, em entrevista ao ESPN.com.br. Na época da Copa de 1998, ele era estagiário da empresa do ramo de automóveis.

“Daí em diante algum ser que não sei quem foi resolveu me ‘dar um up’ de analista de produção de PPCP, que era meu cargo na Volks, para repórter da Globo. Com esse nome imponente que tenho, claro que os brasileiros em suas concepções leigas acharam que era tudo verdade, daí isso vem se alastrando desde então até os dias de hoje. E a coisa só muda de figura a cada Copa do Mundo ou algo relacionado à Fifa. Até o Mundial do Corinthians”, disse.

Quando o Corinthians venceu os Mundiais de 2000 e 2012, Gunther mais uma vez viu seu nome vinculado aos e-mails relativos à corrupção no futebol. E ele sequer sabia que a agremiação do Parque São Jorge tinha vencido o torneio. “Na época eu estava fazendo estágios, me formando na FMU em educação física, fazendo o trabalho de conclusão de curso, essas coisas. Eu só fiquei sabendo que o Corinthians venceu por amigos”, avisou.

Gunther Schweitzer: ele não é autor dos e-mails. Foto: Arquivo pessoal
Gunther Schweitzer: ele não é autor dos e-mails. Foto: Arquivo pessoal

Mas quem é Gunther Schweitzer?

O verdadeiro Gunther Schweitzer tem 42 anos e mora em Mogi das Cruzes. É pai do pequeno Pedro Schweitzer, de 5 anos. Se formou em administração de empresas e educação física pela FMU. Hoje em dia, trabaha como personal trainer e dá aula no Projeto Vôlei para Brilhar, de uma ONG que faz atividades com as crianças e adolescentes.

Gunther é amante da prática esportiva, mas não gosta muito de futebol – só viu alguns jogos da Copa 2014 por causa dos horários. Seu esporte favorito é o vôlei, já que é técnico nível II pela Confederação Brasileira de Voleibol. Por essa razão, lamenta que a maioria das emissoras não cubram na íntegra a maioria das competições. Seu time preferido é o Sada/Cruzeiro, mas aprecia outras agremiações.

“O SESI vai bem, só que tem alguns acertos a fazer. São Bernardo deu uma crescida na última Superliga e nessa vem com uma bagagem melhor, conheçõ o técnico de lá. Campinas é outro com uma base boa”, disse o personal trainer. No futebol, mostrava apreço pelo São Paulo, principalmente na época em que Telê Santana dirigia o clube. Depois, perdeu ainda mais o interesse.

Gunther Schweitzer é proprietário de uma empresa de eventos desportivos – a Associação Pró Sport – que promove, entre outros eventos, corrida de rua na região de Mogi das Cruzes e alto Tietê. Para completar, trabalha com o Clube A8 para a empresa Amil onde dou aulas em praça para promoção de qualidade de vida, corrida, dicas de exercicios e esportes em geral.

A falta de preferência pelo futebol é tanta que Gunther não sabe bem onde estava durante as Copas de 2002, 2006 e 2010, quando seu nome também foi atribuído aos mesmos e-mails de escândalos de corrupção. “Eu nem me lembro o que estava fazendo nessas Copas. Estava em uma pegada forte de trabalho. Trabalhando e estudando sempre”, afirmou, ao ESPN.com.br. Para encerrar de vez as discussões que insistem em ocorrer nas redes sociais.

Gunther e o filho Pedro Schweitzer, de 5 anos, em foto cedida pelo próprio Gunther. foto: Arquivo pessoal
Gunther e o filho Pedro Schweitzer, de 5 anos, em foto cedida pelo próprio Gunther. foto: Arquivo pessoal

Confira, abaixo, o e-mail original recebido por Gunther, em 1998, que não se passava de nada além de uma simples corrente, daquelas que se propagam pela internet.

COPA 1998 – Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava!

Talvez, isso explique a razão do jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas”.
Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado: O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo.

A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) por meio da empresa Nike. Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul, da Espanha, Batistuta, da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil.

Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais). A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.

Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o ‘Golden Goal’ (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols. O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC).

Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o pentacampeonato de 2002. Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!

Ronaldo, durante Copa 1998: e-mail de teoria da conspiração levou falsamente nome de Gunther. Foto: Divulgação
Ronaldo, durante Copa 1998: e-mail de teoria da conspiração levou falsamente nome de Gunther. Foto: Divulgação

Agora, confira abaixo a versão da Copa Libertadores 2012, vencida pelo Corinthians, sobre o falso escândalo de corrupção no futebol que há anos cisma em envolver o nome de Gunther, após ele errar ao reenviar os e-mails e mandar por engano sua assinatura

Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava!

Talvez, isso explique a razão do jogador Riquelme ter declarado a seguinte frase:

‘”Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Libertadores de 2012, ficariam enojadas!”.
Todos os anticorintianos ficaram chocados e tristes por assistir a maneira como o Boca perdeu a Libertadores. Não deveriam.

O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e a VEJA e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado:

O Boca Juniors VENDEU a Copa Libertadores para o Corinthians. Os jogadores titulares do Boca foram avisados, às 13:00 do dia 4 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Daniel Angelici (na única vez que o pr esidente do BOCA compareceu a uma preleção do time), o técnico Julio César Falcioni, e o Sr. Chris Kypriotis, diretor geral da Nike do Brasil.

Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.

A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o sétimo titulo do campeonato sulamericano por uma viagem para assistir a Copa do Mundo no Brasil.

A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$140.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$800.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 46.000.000,00 (quarenta e seis milhões de dólares) por meio da empresa Nike.

Além disso, os jogadores que aceitassem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos teriam as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como Cristiano Ronaldo, Xavi e Neymar.

Mesmo assim, Roncaglia se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Daniel Angelici a escalar o jogador Viatri, dizendo que Roncaglia estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 08:47 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico associando o fato a venda para a Fiorentina.

Assim, combinou-se que o Boca seria derrotado durante a prorrogação, porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que o Corinthians marcasse em duas falhas simples do time argentino.

Porque será que o Maradona NÃO VEIO ao Brasil, para apoiar o time com toda a sua euforia???

Desde, já agradeço,
Um abraço.
Gunther Schweitzer*

Corinthians, campeão do mundo em 2012: e-mails de conspiração são falsos e não são de Gunther. Foto: Getty Images
Corinthians, campeão do mundo em 2012: e-mails de conspiração são falsos e não são de Gunther. Foto: Getty Images

Confira agora, abaixo, a versão da Copa 2014 sobre o falso escândalo de corrupção no futebol, que mais uma vez insiste em colocar o nome de Gunther de forma equivocada:

COPA 2014 – Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava!

Talvez, isso explique a razão de o jogador Paulinho ter declarado a seguinte frase: ‘”Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo de 2014, ficariam enojadas!”.

Todos os brasileiros ficariam chocados e tristes por terem perdido a semifinal da Copa do Mundo de futebol, em casa! Não deveriam.

O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of America e o Gazzeta dello Sport, e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.

Fato comprovado:

O Brasil VENDEU a copa do mundo para a FIFA. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13:00 do dia 8 de Julho (dia da semifinal), em uma reunião envolvendo o Sr. José Maria Marin (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o técnico Luiz Felipe Scolari, o Sr. Marco Polo Del Nero (Presidente Eleito da CBF), e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.

A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar a vaga na final pelo titulo olímpico em 2016 (único torneio que o Brasil ainda não venceu) e a promessa de uma nova Copa até 2030 no Brasil. A aceitação veio por meio do pagamento total dos prêmios, US$700.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, por meio da empresa Nike.

Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como Ibrahimovic, Wayne Rooney, Andrés Iniesta e Frank Ribery.

Mesmo assim, David Luiz se recusou a jogar, mas mudou de opinião em seguida, depois de uma longa reunião com Carlos Alberto Parreira e Flávio Murtosa, por onde recebeu uma ligação de um representante da Nike que ameaçou retirar seu patrocínio recém-renovado e um dos maiores da empresa.

Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante a prorrogação, porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a Alemanha, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.

O Sr. Joseph Blatter, presidente da FIFA, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial não é vencido pela Alemanha desde 1990 e o mesmo é tratado como o complemento ideal para confirmar a soberania do país na Europa como potência econômica e esportiva, além de ser a única federação que fazia oposição à presidência do Sr. Blatter.

Garantiu, também, ao Sr. José Maria Marin, por meio de seu sucessor, Marco Polo Del Nero e do Secretário Geral da FIFA, Sr Jeromé Valcke, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o hexa-campeonato de 2018.

Gunther Schweitzer*
Diretor de Jornalismo dos Canais ESPN**

*De novo, para deixar claro: Gunther Schweitzer nunca foi jornalista e jamais escreveu os textos que são atribuídos a ele;
**O departamento de Recursos Humanos dos Canais ESPN informa que jamais um profissional com esse nome trabalhou na emissora.

Do ESPN.com.br

 

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