Economistas elevam projeção de inflação para 2013 e 2014

Previsão para 2013 passou de 5,7% para 5,72%, segundo Focus.

Perspectiva para a expansão do PIB em 2013 foi mantida em 2,30%.

Economistas do mercado financeiro elevaram levemente a perspectiva para a inflação neste ano e em 2014, mantendo ao mesmo tempo a projeção para a Selic em 2014 em 10,5%, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (23).

Os economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano a 5,72%, ante 5,70% na semana anterior, e para 2014 passaram a ver o indicador a 5,97%, ante 5,95%.

Já a perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 foi mantida em 2,30%, mas para o ano que vem foi ajustada para baixo, a 2%, ante 2,01%.

A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi elevada a 6,05% por cento, ante 6,03%.

Neste final de ano, a inflação tem surpreendido ao não mostrar sinais de desaceleração, o que pode pressionar ainda mais a atual política monetária. Em dezembro, por exemplo, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75%, fechando o ano em 5,85%.

O Focus mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50% no fim do ano que vem, mesma taxa há quatro semanas.

O Focus mostrou ainda que os especialistas estão vendo cada vez menos recuperação da produção industrial neste e no próximo ano. A atividade, calculam, deve crescer 1,60% em 2013, um pouco abaixo do 1,61% anterior, mas marcado a quarta semana seguida de queda nas projeções.

Para 2014, a redução foi mais intensa, com as estimativas de expansão passando a 2,23%, ante 2,31%.

Na sexta-feira, o Banco Central reduziu em seu Relatório de Inflação a estimativa de crescimento do PIB brasileiro deste ano a 2,3%, ante 2,5% previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014, mantendo-a próxima de 6%.

Da Reuters

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