Educação profissionalizante leva nova perspectiva de vida a socioeducandos

Convênio firmado entre Sempetq e Funase capacitará 568 jovens até o final de 2018

A vida de centenas de adolescentes e jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) começou a ganhar uma nova perspectiva a partir da aula inaugural, realizada nesta segunda-feira (09), da primeira turma de uma série de cursos profissionalizantes que serão oferecidos até o final de 2018. Serão ofertadas, ao todo, 568 vagas, sendo 400 para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho e as demais para o Case Abreu e Lima.

A oportunidade é ofertada graças a um convênio firmado entre a Funase e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco (Sempetq), por meio de um repasse financeiro efetuado pela Fundação. As aulas são ministradas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e tem como metodologia o foco nas competências e desenvolvimento de habilidades. “Os meninos da Funase são uma das nossas prioridades e a formação deles é muito importante para que possam ingressar no mercado formal ou como donos do próprio negócio. Queremos que eles construam uma nova história”, afirma a secretária executiva de Trabalho e Qualificação, Ângella Mochel.

Foto: J.Damião/Funase

A primeira turma teve início no Case Abreu e Lima. Após 200 horas de aulas, os alunos serão certificados com formação de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão. Além deste, outros 11 cursos diferentes serão oferecidos, todos escolhidos pela Funase, por meio de pesquisa de interesse realizada entre os socioeducandos, pelo Eixo Profissionalização. São eles: Gesseiro, Eletricista de Automóveis, Instalador de Acessórios Automotivos, Mecânico de Bicicleta, Mecânico de Motocicleta, pintor de Automóveis, Instalador de Sistema Eletrônico de Segurança, Aplicador de Revestimento Cerâmico, Pedreiro de Alvenaria, Montador e Reparador de Computadores e Montador de Painéis Eletrônicos.

Além da competência adquirida com os cursos, oportunidades como essa mostram aos socioeducandos que eles podem fazer escolhas diferentes. O jovem F.P., de 17 anos, vê a chance como um início. “Esses cursos estão chegando e isso mostra que as coisas podem mudar. Quero aprender aqui e levar isso para o resto da minha vida. Depois, quero pegar esse conhecimento, focar para melhorar quando estiver lá fora. Vou fazer também Mecânica de Motos, mas me envolvo nos outros cursos para conhecer sempre mais coisas”, detalhou.

A oferta dos cursos faz parte dos compromissos elencados no Plano de Curto Prazo da Funase, lançado este ano. “Estamos pensando no futuro e isso passa por investir em educação assim como o Governo do Estado tem feito nos últimos 10 anos. Queremos que esses jovens saiam pela porta da frente da Funase com um diploma, uma certificação. Estamos proporcionando uma oportunidade de qualidade, aproximando-os do conhecimento”, comenta o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Roberto Franca.

Também integrante da primeira turma iniciada no Case Abreu e Lima, D.P.S.B, de 19 anos, tem sede de conhecimento. Destaque no curso de Robótica oferecido pela Funase – o que lhe deu o posto de auxiliar do instrutor -, ele agora se vê envolvido em mais uma atividade que vai lhe ajudar a iniciar a sua mudança de vida. “Estou nesse agora de Eletricista, mas já quero começar a fazer algum de Informática. Sempre fui interessado em fazer todos os cursos. Vou conseguir ganhar dinheiro fazendo o que eu aprendo aqui”, compartilhou.

Para a diretora-presidente da Funase, Nadja Alencar, a iniciativa integra os esforços do reposicionamento da unidade como verdadeiramente socioeducativa. “Queremos que os socioeducandos possam usufruir dessas oportunidades da melhor forma no tempo em que estiverem aqui para que possam, no futuro, abraçar uma profissão”, projeta. Outras turmas serão iniciadas nos próximos dias 16 e 19 de outubro. Ao final de todos os cursos, os alunos receberão certificados que comprovam a habilidade adquirida, ajudando assim na busca por um emprego, por uma colocação no mercado de trabalho. A aula inaugural contou também com a presença do coordenador geral do Case Abreu e Lima, Abinoan Barboza, funcionários da Funase e representantes do Senai.

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