Em Pernambuco, Marina Silva diz que Brasil caminhou 20 anos para trás

Ex-presidenciável luta para formalizar Rede Solidaderidade como partido político

Do JC Online

Marina Silva, que é filiada ao PSB e está à frente da formalização da Rede Solidariedade como partido político, irá se reunir nesta terça-feira (26) com o governador Paulo Câmara (PSB). A ex-presidenciável chegou nesta segunda (25) ao Recife para um encontro com simpatizantes da Rede e não poupou o governo federal e o Congresso. “Tenho conversado com lideranças, movimentos sociais, intelectuais, trabalhadores, empresários. É uma perplexidade. Como é que a gente achava que estava avançando 20 anos para frente e descobre que caminhou 20 anos para trás”, afirmou.

A reunião de Marina com os simpatizantes da Rede  foi a portas fechadas, mas uma parte do discurso vazou. “Milhões de brasileiros correm o risco de perder seus empregos, pessoas tiveram que sofrer perdas em relação ao seguro-desemprego, é um monte de problemas que estão acontecendo na saúde, na educação, na segurança, no Minha Casa, Minha Vida. O Pronatec foi reduzido à metdade. É muito grave”, falou.

A ex-presidenciável  ainda ressaltou que dez partidos têm “39 pedaços” do governo federal, em uma alusão ao número de ministérios da gestão petista. Antes de seguir para a palestra no auditório de um shopping na Zona Norte do Recife, Marina se encontrou com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos. O conteúdo da conversa, no entanto, não foi revelado pela ex-presidenciável, que afirmou que só falaria com a imprensa nesta terça.

FORMAÇÃO DA REDE – Com o silêncio de Marina, quem falou sobre o processo de formação da Rede foi o coordenador geral do projeto, Pedro Ivo Batista. O dirigente reforçou a esperança no registro da Rede como partido político e disse que Pernambuco foi um dos Estados que mais contribuíram para a coleta de assinaturas. “Precisávemos de 43 mil e já temos 55 mil certificadas” falou.

Pedro Ivo destacou que a Rede é favorável ao fim da coligação proporcional mesmo que isso acarrete dificuldades para o partido. Ele evitou falar sobre o processo de fusão entre o PSB e o PPS, mas declarou que politicamente a nova sigla tem interesse em seguir como aliada dos socialistas.

Quem também recepcionou Marina  foi Gilson Guimarães, ex-dirigente do PT que pediu desfiliação da legenda este ano  após não ter seguido as orientações partidárias nas eleições para o governo estadual. Ele declarou que pode levar seu grupo político para a Rede. “Vamos fazer um processo grande de desfiliação do partido. São em torno de quatro mil pessoas”, falou.

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