Equipe da UFRPE faz estudos sobre leishmaniose em Ingazeira e região

Por André Luis

A vereadora do município de Ingazeira, Deorlanda Carvalho, que também é veterinária, tomou a iniciativa de convidar a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), para analisar no município a questão relacionada a presença da leishmaniose em animais, principalmente, cães e fazer um estudo dos casos verificados no município e o impacto disso na população.

Deorlanda esteve acompanhada do veterinário e mestrando Vagner Araújo e da veterinária Vanusa Meireles, ambos da UFRPE, durante entrevista ao programa Manhã Total da Rádio Pajeú FM 104,9, nesta quarta-feira (24).

Deorlanda explicou que a necessidade de chamar a UFRPE para dentro do debate, partiu após os óbitos que ocorreram em Iguaracy e São José do Egito de pessoas acometidas pela leishmaniose visceral humana, também conhecida por calaza. Outro fator citado pela vereadora, foi o fato da grande quantidade de animais errantes nos municípios da região.

Deorlanda informou que pretende entrar com um projeto Lei, na Câmara de Vereadores de Ingazeira, para que todo ano tenha uma semana de debates sobre doenças negligenciadas, visto que não é só a leishmaniose. “Simplesmente o serviço de saúde pública, desconhece ou deixa pra lá, porque não acha importante”, disse Deorlanda.

Deorlanda também falou que a doença é subnotificada e que existem casos de que são também subdiagnosticadas. “As vezes o paciente é positivo para leishmaniose e o profissional de saúde simplesmente diagnostica como se fosse uma hepatite medicamentosa ou viral”, informou Deorlanda.

Até o momento os dados levantados pelos profissionais, demonstram que existe muitos animais com a doença e que o perfil em ingazeira é misto, como informou o veterinário Vagner Araújo. “o perfil é misto entre cães da zona rural e urbana”.

Vagner também falou que o objetivo do projeto é traçar o perfil da leishmaniose dentro da cidade para que através, disso se possa conseguir “desenhar novas medidas de controle e de prevenção da doença”, e asseverou: “é uma doença que precisa realmente de muita atenção por parte das equipes de saúde de Ingazeira. É uma população pequena, com uma grande população de cães errantes e muitos animais domiciliados cujo os tutores não tem tanta sensibilidade para identificar os sintomas e saber que existem outras doenças além das já conhecidas como raiva”, informou Vagner. Ouça abaixo a íntegra da entrevista:

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