Exército sírio bombardeia rebeldes em Damasco e seus arredores

Insurgentes mantêm cerco a grande parte da capital.
Bairro de Jobar é campo de batalha há mais de dois anos.

Da France Presse

As forças do governo sírio bombardearam nesta quarta-feira (14) as posições rebeldes em Damasco e seus arredores para tentar expulsar os insurgentes, que mantêm o cerco à grande parte da capital, anunciou uma fonte militar.

“O exército iniciou esta manhã uma operação militar com o objetivo de ampliar a faixa de segurança ao redor de setores controlados pelo exército”, afirmou a fonte.

“Começou por Jobar, com operações limitadas, mas precisas e eficazes, contras os centros e as linhas de defesa utilizadas pelos grupos armados para vigiar o restante da capital. A aviação síria também está em ação, mas não a aviação russa”, explico.

A Rússia, aliada do presidente sírio Bashar al-Assad, começou em 30 de setembro uma série de bombardeios aéreos contra os grupos “terroristas” na Síria, termos usado pelo regime de Damasco para designar todos os críticos.

O bairro de Jobar, zona leste da capital, é um campo de batalha há mais de dois anos.

Depois que os moradores abandonaram a área, os combates entre o exército e os rebeldes acontecem principalmente em túneis ou no que resta dos edifícios, onde estão escondidos vários franco-atiradores.

O bairro é estratégico porque do lado oeste fica a praça dos Abássidas, que dá acesso ao centro de Damasco. Do outro lado, o mesmo bairro tem limite com a Ghuta oriental, uma região agrícola ao leste da capital em boa parte sob controle dos rebeldes.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a aviação realizou pelo menos oito ataques em Jobar. Em terra aconteceram combates que envolveram de um lado o exército, milicianos pró-regime e o Hezbollah libanês, e do outro lado a Frente Al-Nusra, braço sírio da Al-Qaeda, e outros rebeldes islamitas.

Também aconteceram bombardeios aéreos e da artilharia contra várias localidades rebeldes ao redor de Damasco. Duas crianças morreram em Duma, ao nordeste da capital, segundo o OSDH.

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