Grito das ruas não vai influenciar os congressistas

Por Inaldo Sampaio

A greve geral da última sexta-feira nem foi o “fiasco” definido pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, nem levou 200 mil pessoas às ruas do Recife como avaliou a CUT-PE. Ela serviu para marcar posição contra as reformas trabalhista e previdenciária, mas nem de longe se compara às manifestações que antecederam o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Por isso mesmo, não influenciará o voto dos congressistas indecisos.

A trabalhista já foi aprovada pela Câmara e deverá passar também pelo Senado apesar da posição contrária do líder peemedebista Renan Calheiros. E a previdenciária vai depender da capacidade de articulação do atual governo.

Deputados e senadores têm consciência de que essa reforma é indispensável à sobrevivência do sistema, mas muitos não querem votar a favor temendo perda de votos em 2018. Se ela for derrotada, portanto, a causa terá sido as eleições e não a greve do último dia 28.

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