Magno Martins: “o Bolsonarismo virou uma seita, assim como o Lulismo também”

Por André Luis e Nill Júnior

O jornalista Magno Martins, que comanda o programa Frente a Frente pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça a Rádio Folha e também o blog homônimo um dos mais importantes na área de política do Estado, foi o convidado no Debate das Dez da Rádio Pajeú FM, desta quinta-feira (2), no primeiro dia útil de 2020. Ouça abaixo a íntegra do debate de hoje:

Falando sobre o governo Bolsonaro, que segundo ele recebeu um país quebrado e aos poucos tem tido melhoras. Elogiou a política econômica do ministro Paulo Guedes, mas observou que o presidente Jair Bolsonaro precisa ajudar. Principalmente quando abre a boca. “falta ao presidente o cuidado com a liturgia do cargo”.

Disse que a maioria do povo brasileiro votou em Bolsonaro para tirar o PT do poder, que segundo ele passou a representar a corrupção. Para Magno, existe uma parte de eleitores que realmente pensam como o Presidente. “Defendem o regime militar, são contra o casamento gay… o Bolsonarismo virou uma seita, assim como o Lulismo também”, disse.

Questionado se Bolsonaro seria uma ameaça a democracia no país, Magno disse que não. “Não tem espaço para isso. A internet consolidou a democracia no país”, destacou.

Disse ainda que não vê discriminação com o Nordeste nas medidas.  Sobre a proposta do Pacto Federativo de acabar com municípios com até 5 mil habitantes, comparou a história do bode na sala. “Ele vai ter que sair de lá”, disse para acreditar que é proposta que cai na negociação com o Congresso.

Disse ainda ter sido um erro Moro ter assumido Ministério na gestão Bolsonaro.

Sobre a política regional, deu algumas opiniões. Sobre Tabira, julgou o cenário como indefinido, ao afirmar que há de se aguardar se a candidatura de Flávio Marques vinga, se terá o apoio de Sebastião Dias e se o ex-prefeito Dinca Brandino poderá ser candidato.

Em Serra Talhada, avaliou positivamente o governo de Luciano Duque, mas disse que, caso Carlos Evandro seja candidato haverá uma eleição dura com a candidata governista Márcia Conrado, diferente se Victor Oliveira, pra ele com menor expressão, for candidato.

Em Recife, Magno acredita que o processo depende da candidatura ou não de Marília Arraes, quando poderá haver equilíbrio. Sem ela, João Campos ganhará favoritismo.

Em Petrolina, disse que Miguel Coelho absorveu bem os bons ventos das ações federais, fruto da aproximação de Fernando Bezerra Coelho com o governo Bolsonaro, colocando-o na condição de favorito. Sobre Caruaru, disse que o desafio de Raquel Lira é ganhar a eleição no primeiro turno, para não enfrentar dificuldades no segundo. “Zé Queiroz foi determinante na eleição dela e hoje está na oposição”.

Sobre a gestão Paulo Câmara, disse que o governador enfrenta dificuldades e acha um erro seu distanciamento a Bolsonaro. “Eduardo já teria se aproximado”. Disse ainda que o governo tem bons programas sendo mantidos, mas enfrenta dificuldades com as estradas.

Muitos queriam ouvir as impressões sobre a sua terra, Afogados da Ingazeira. Magno é irmão de Augusto Martins. O jornalista disse que, assim como esteve com Totonho, passou na casa do prefeito José Patriota. Defendeu o irmão como excelente quadro para Afogados, mas lamentou a falta de reconhecimento para isso. Reafirmou o que disse Augusto, como fiel à Frente Popular.

Para ele, de fato a aprovação de Patriota pode favorecer Alessandro Palmeira, justificando a declaração de que ele “elegeria até um poste”. “Eu não acredito que um gestor com 90% de aprovação não faça o sucessor”. Disse que usou um termo popular e que não sabia da comparação anterior de Totonho, que alertou para o risco de “votar   em um poste”.

Para Magno, a chance de Totonho é formar um bom palanque, com um discurso revolucionário, que a população veja que a avaliação de Patriota é boa mas Sandrinho não, colar seu discurso na experiência administrativa que teve como prefeito e na trajetória política, desqualificando.

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