Morte de criança de 5 anos com suspeita de dengue hemorrágica reacende alerta em Afogados

No Debate das Dez da Pajeú, desta terça-feira (26), o secretário de Saúde de Afogados da Ingazeira, Artur Amorim, a coordenadora de Vigilância em Saúde Madalena Brito e os agentes epidemiológicos Francisco Júnior e Gonzaga Júnior, falaram sobre o risco de um novo surto de dengue com ampliação dos casos hemorrágicos no município.

O debate foi provocado após a morte da menor Kilma Rayane Barbosa, 5 anos, que morava na área da Rua Pedro Batista Tavares, Afogados da Ingazeira, que segundo familiares, reclamam que teria havido negligência do Hospital Regional Emília Câmara. Dizem que deram entrada com a menina ao apresentar os primeiros sintomas na sexta, mas ela teria sido liberada. No domingo, deu entrada novamente, mas acabou falecendo.

Tecnicamente, ainda não há confirmação de que Kilma, que foi sepultada hoje, tenha falecido em decorrência de dengue hemorrágica. Exames complementares responderão a essa pergunta daqui a cerca de 60 dias, após realizados por laboratório ligado à Fiocruz. Mas dentre os sintomas de quando deu entrada na unidade, ela apresentou sangramento nasal.

Segundo o Secretário de Saúde, Arthur Amorim, há ambiente favorável para proliferação do Aedes Aegypti e consequentemente, notificação de novos casos. Período pós chuva, aumento da umidade e falta de controle urbano de focos por parte de moradores estão entre as causas. Como muitas pessoas já contraíram dengue em surtos anteriores, o risco de contrair a versão hemorrágica aumenta. Segundo a Secretaria de saúde, são três casos de dengue hemorrágica confirmados. Caso o caso de Kilma se confirme, serão 4 casos.

Tio de Kilma, Moacir Carlos questionou a conduta da unidade. “Ela deu entrada com febre de quarenta graus e sangrando pelo nariz. O médico mandou pra casa. Agora, ela não vai mais incomodar o médico, pois está morta”, disse emocionado.

Outro lado – Diretor Clínico da unidade, o Dr. Jair Flávio defendeu o protocolo adotado.  “A criança deu entrada oito da noite da sexta-feira. Foi vista, avaliada, foi feito exame físico completo. Era uma criança febril. O pediatra solicitou raio X, verificou e fez a medicação. A liberou com prescrição e orientações. Ela só deu entrada duas vezes. Na sexta e no domingo, quando já chegou em óbito, com rigidez cadavérica. Estamos aguardando laudo definitivo”.

Ouça abaixo a íntegra do debate de hoje:

Serviço:

Para denunciar foco do mosquito, ligue:

3838-1575 ou 9.9611-3272

Ou vá até a Vigilância Sanitária, na Rua 15 de Novembro, no antigo Cartório Eleitoral

 

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