Na Pajeú Emídio Vasconcelos defende candidatura própria do PT

Petista voltou a defender candidatura própria da legenda

Por Nill Júnior

Participando do Debate das Dez do programa Manhã Total (Rádio Pajeú), o petista Emídio Vasconcelos deu suas impressões sobre a estratégia que considera ideal para o PT em Afogados da Ingazeira. Emídio diz que, “se depender dele”, o partido não deverá se alinhar nem com  o atual prefeito José Patriota (OS), muito menos com o ex, Totonho Valadares, também socialista.

A sua tese é de que Totonho, com a sinalização de que quer mais espaço junto ao governo Paulo Câmara, mostra que seu projeto não é político e sim pessoal. “Por isso já havia rompido com ele pouco depois de eleito. Ele não representava um projeto e sim um interesse pessoal de poder e prova isso mais uma vez agora”. O petista questionou as dificuldades de Totonho com prestações de contas junto ao Ministério do Turismo em dois convênios.

Sobre Patriota, afirmou que esperava uma gestão mais próxima dos trabalhadores, criticando as turmas multi-seriadas e a qualidade do transporte escolar para alunos da zona rural. Acrescentou que sua decisão em apoiar Aécio Neves mostrou que ele tomou uma decisão e sinalizado de que lado estava.

Para ele, o melhor caminho deve ser a candidatura própria, sem deixar de conversar com outros setores da oposição. Emídio esquivou-se, porém, quando perguntado se havia diferenças entre Zé Negão e Vicentinho – com quem disse que o PT poderia ir dialogando – e nomes como Patriota e Totonho, a quem havia criticado. “O mais importante é o projeto e a disposição de segui-lo”, limitou-se evitando comparações.

Ele voltou a criticar a contratação de Assessoria Jurídica junto a Walber Agra pela Amupe e disse achar no mínimo estranho de Agra seja advogado da Amupe e agora de Totonho Valadares no caso das ações propostas pela atual gestão ao TCU, como sinalizado pelo próprio Totonho. “O“MP deve investigar”, reclamou.

Vasconcelos passou a maior parte do tempo argumentando sobre a crise que vive o PT, o governo Dilma e a queda de popularidade de Lula, justamente no dia da prisão de José Dirceu, acusado de participar do esquema da Lava Jato. Emídio defendeu o legado do PT, os mecanismos de apuração de corrupção criados nas gestões petistas, mas admitiu que a legenda entrou na vala comum ao não fazer uma ampla reforma política quando tinha ambiente político, no primeiro governo Lula. Apesar do momento, afirmou ainda haver jeito para o PT recuperar sua popularidade junto à opinião publica.

Ouça abaixo na íntegra o debate de hoje:

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