No jogo de maior receita de 2015, Fla e Bota lucram menos que o Maracanã

No domingo, ao divulgar o público de 49.833 pessoas presentes no Maracanã para o duelo entre Botafogo e Flamengo, o telão do estádio exaltou aquele que foi o maior público do ano no futebol brasileiro. No dia seguinte, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) destacou em seu site oficial a renda obtida com o clássico, outro recorde no país em 2015, de R$ 2.129.865,00. Sinal de cofre cheio para os clubes? Nem tanto. Do valor que entrou nas bilheterias, os rivais levaram juntos, de forma limpa, R$ 505.755,88 – ou 23,75% do total.

Já a concessionária que administra o estádio, ainda que de forma bruta, pegou a maior fatia do bolo na festa que comemorava os 450 anos do Rio de Janeiro. Das despesas apresentadas no borderô do clássico, totalizando R$ 1.529.662,36 (sem levar em conta retenções e penhoras), a Ferj embolsou R$ 209.554,50 através de sua taxa. Mais salgado ainda foram os gastos com o Maracanã, cujo aluguel foi de R$ 496.592,02. Se levar em consideração o custo operacional do jogo, que saiu por R$ 498.434,05, a despesa total com o estádio aumenta para R$ 995.026,07 – ou 46,7% do montante da bilheteria.

Segundo o regulamento da competição, Botafogo e Flamengo têm que dividir as receitas. Assim, com o desconto de outras despesas pré-jogo, o Botafogo lucrou quase a metade do referente ao valor do aluguel do Maracanã: R$ 259.597,78. O Flamengo, em razão de uma penhora de R$ 43.439,67, saiu do estádio com menos ainda em caixa: R$ 246.158,11. Sem entrar em detalhes de valores, a concessionária explicou a diferença com base nos custos de manutenção do estádio, tanto os de praxe quanto os voltados para organizar um clássico desse porte.

André Luis

Brasiliense de nascimento, mas pernambucano, afogadense de coração desde 2008. Apaixonado por tecnologia, livros, filmes, séries, design, publicidade e ciclismo. Designer gráfico, web designer e desenvolvedor web. Responsável pelo desenvolvimento do Portal Pajeú Rádio Web o portal de notícias da Rádio Pajeú, onde atua também como coordenador e autor desde outubro de 2013.

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