Servidora acusada de destratar cidadãos contesta versão da denunciante

Por André Luis

Ontem publicamos uma matéria sobre uma denúncia que foi ao ar na Rádio Pajeú, em que uma jovem de nome Jéssica, acusou uma servidora da Câmara Legislativa de Afogados da Ingazeira de destratar um grupo de pessoas que esperavam para falar com alguns vereadores da Casa. A confusão teve início após uma mulher que estava junto com o grupo, ter ido até a cantina da Câmara e ter pego um pedaço de bolo que estava em cima de uma mesa.

A servidora em questão a sra. Rosicleide falou nesta quarta-feira (25) ao repórter Celso Brandão e deu seu lado da versão.

Risocleide admitiu que errou ao dizer que eles “pareciam um monte de vagabundos que não tinham o que fazer”, mas que isso se deu pelo fato de seu nervosismo diante da atitude da mulher que pegou o bolo, que lhe tratou com rispidez ao responder que tinha sido ela a responsável pelo ato.

Risocleide também negou que tenha batido na mesa e gritado, “o que eu disse foi o seguinte, que fazia trinta anos que trabalhava aqui e que em época de eleição, a gente não tem paz, a gente não pode trabalhar, porque é uma bagunça aqui dentro”.

Risocleide também contestou a versão de Jéssica que na denúncia disse ter sido apenas uma fatia do bolo e mostrou a filmagem para o repórter Celso Brandão, onde mostra que foi levado praticamente todo o bolo.

Outro ponto contestado por Risocleide foi a parte que a denunciante disse que os mototaxistas haviam entrado no plenário devido a terem escutado os gritos da servidora, “chamamos os mototaxistas e os mesmos estão prontos para falar que nenhum deles ouviu eu gritar, porque ela falou que eu gritei, eu falei alto, mas gritar não gritei”.

Risocleide contestou ainda a fala de Jéssica que disse que ela havia chamado todo mundo de esmoléu e disse que quer que ela prove, “eu não falei isso que ela está dizendo, ela disse que gravou, então eu quero que ela prove, mostre o vídeo”, desafiou Risocleide.

Risocleide ainda desabafou dizendo que a Câmara não é assistência social, e que elas trabalham lá como servidoras da Casa para fazer o trabalho burocrático e que não são nem recepcionistas nem assessoras de vereadores. Ouça abaixo o que disse Risocleide:

Essa discussão abriu uma janela que serviu de tema no Debate das Dez de hoje na Rádio Pajeú. O comunicador Nill Júnior pontuou sobre o tema e disse que a estrutura da Câmara não favorece quem procura a Casa pra ser atendido por um vereador e isso acaba recaindo nos ombros dos funcionários.

Nill sugeriu ao vereador Igor Mariano que também participou do debate por telefone, por ter tido seu nome citado na denúncia de Jéssica, que disse que ele e Cícero Miguel estavam lá no momento da confusão e não fizeram nada, para que se estuda-se uma maneira de fazer esse atendimento por outra porta, que não seja a entrada do plenário.

Sobre o fato em questão, Igor preferiu se manter isento, alegando não estar a par de todo o acontecimento, mas disse que quando o presidente da Câmara Franklin Nazário chegar de viagem devem se sentar e tomar as medidas cabíveis.

Dando prosseguimento ao seu raciocínio, Nill Júnior chamou a atenção para um ponto importante no testemunho de Risocleide.

Outro ponto que chamou a atenção na fala de Risocleide é quado ela fala que a Câmara não é a assistência social, isso deixa claro que, se isso está acontecendo é porque tem vereadores assistencialistas lá“, disse Nill.

Nill também cobrou a presença de seus assessores, na ausência dos vereadores, cumprindo horário para atender a essas pessoas que vão na Câmara para falar com os parlamentares.

RenataVeras-25-05-16

Nos estúdios da Pajeú a advogada Renata Veras, esclareceu alguns pontos de vista da parte jurídica com relação ao atendimento em órgãos públicos, municipais, estaduais e federais, visto que tanto um lado como o outro tem direitos e deveres.

Ouça abaixo o debate na íntegra:

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