Vendas de discos de vinil continuam crescendo

Definitivamente não era moda passageira: os discos de vinil registraram mais um ano de aumento expressivo de vendas. Nos EUA, foram quase 8 milhões de unidades comercializadas, e no Reino Unido, o mercado ultrapassou o milhão de bolachões pela primeira vez desde 1996. No Brasil, os números do ano ainda não estão fechados, mas a previsão era de um aumento de 60% – para algo como 90 mil discos. Não é estranho, em plena era do Youtube, Spotify, iTunes e piratões mil?

Pense por outro lado: talvez seja justamente o fato de podermos estar conectados a qualquer música “na nuvem”, o tempo todo, que impulsiona o ressurgimento do vinil. Ter uma trilha sonora em todo lugar é ótimo e conveniente, mas é legal poder tocar a música, ter um lembrete interessante, físico, daquele artista favorito. O vinil de certa forma captura a alma da música em um objeto colecionável como nenhum outro formato fez – definitivamente melhor que o CD. As capas são mil vezes mais bonitas em grande formato, e a pouca praticidade, todo o ritual de levantar a agulha e colocar no sulco certo, faz com que as pessoas curtam mais todo o álbum, e não faixas soltas. Há o argumento técnico, de que o vinil tem uma sonoridade melhor, e ele é bastante debatível. Os discos parecem soar melhor, na verdade, pela forma que costumamos ouví-los – em vitrolas conectadas a caixas-de-som potentes, versus os fones de ouvido vagabundos que a maioria das pessoas usa para ouvir no nosso smartphone.

 

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