Os treze anos da Lei Maria da Penha foi o tema desta segunda no Debate das Dez

Por André Luis

Os treze anos da Lei Maria da Penha, foi o tema no Debate das Dez da Rádio Pajeu, desta segunda-feira (19). A delegada da Mulher, Andreza Gregório e a Cabo da Polícia Militar, Anita Vieira, que faz parte da Patrulha Maria da Penha, falaram sobre os reflexos e a forma como a Lei tem sido aplicada na região. Ouça abaixo a íntegra do debate de hoje:

Afogados da Ingazeira teve um avanço importante com a chegada da Delegacia da Mulher, pois é uma forma de abrigar as mulheres vítimas de violência e tem projetos como o Patrulha Maria da Penha que dá ainda mais proteção à essas mulheres.

Avaliando os treze anos da Lei Maria da Penha, a delegada Andreza, disse que é um marco de divisão no tratamento da violência doméstica contra a mulher. “A Lei não cria novos tipos penais, com exceção do descumprimento da Medida Protetiva que houve uma alteração, mas é uma lei que tem um caráter simbólico muito forte”, afirmou Andreza.

Andreza disse ainda que a Lei trouxe uma maior assistência a mulher vítima de violência. “Esse caráter multidisciplinar que eu acho muito importante, de agregar vários setores, como saúde e assistência social para contribuir nesse enfrentamento”, relatou Andreza que destacou: “estatisticamente falando ainda existe a necessidade da denúncia”.

Para a cabo Anita, a Lei Maria da Penha, também foi um marco divisor. Segundo ela foram muitos os avanços. Com relação ao aumento das agressões, Anita destacou que isso se dá pelo fato do aumento das denúncias. “Com a lei, as mulheres se sentiram mais protegidas, o que as levaram a denunciar com maior frequência”, afirmou Anita que emendou: “não é como a gente gostaria que fosse, mas é um avanço sim”.

com relação ao trabalho da Patrulha Maria da Penha no 23º BPM, Anita explicou que é feito o trabalho de acompanhamento as mulheres que sofrem violência doméstica, que pedem proteção. “Não só as que pedem. Automaticamente as que sofrem violência e registram boletim de ocorrência na Polícia Militar a gente tem o nome e o endereço e a Patrulha faz as visitas a essas mulheres”, informou.

Segundo Anita a cada dez medidas protetivas, oito aceitam os agressores de volta. “A gente explica, que na maioria dos casos de feminicídio que acontecem é porque a mulher dá uma nova chance ao agressor”, informou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.